Ex-secretário do MinC lança livro sobre Pontos de Cultura em Santos
Carlos Gustavo Yoda Filed Under: Marcadores: "Célio Turino", Cultura Viva, O Brasil de Baixo para Cima, pontos de cultura
O ex-secretário de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura Célio Turino lança no próximo dia 29, quinta-feira, o livro Pontos de Cultura – O Brasil de Baixo para Cima, às 20 horas, na Estação da Cidadania, na Avenida Ana Costa, 340, em Santos. O evento é uma realização do Instituto Arte no Dique e do Fórum da Cidadania. A entrada é grátis.
Sobre o livro Pontos de Cultura – O Brasil de Baixo para Cima:
Pontos de Cultura – O Brasil de Baixo Para Cima é escrito por Célio Turino, graduado em história pela Universidade de Campinas, e que, a convite do então ministro da Cultura Gilberto Gil, começou a desenvolver, cinco anos atrás, um programa que visava democratizar a cultura a toda a população brasileira, ao contrário do que ocorrera antes, quando as iniciativas culturais passaram para as mãos da iniciativa privada.
Iniciados com Gilberto Gil e mantidos na gestão de Juca Ferreira à frente do MinC, os Pontos de Cultura agregam todas as formas de expressão - música, poesia, literatura, artes plásticas, dança -, e estão espalhados por todos os pontos do país.
Pontos de Cultura – O Brasil de Baixo Para Cima, foge do clichê, e não é um livro institucional, e sim, uma reunião de relatos pessoais das experiências vividas pelo autor, bem como o reflexo desse contato próximo dentro da sua trajetória como homem social e político.
O leitor poderá acompanhar a visita à tribo Yawalapíti, que vive no Parque Nacional do Xingu com mais 13 etnias, e que, em meio a dificuldades para manter os costumes culturais (como o idioma), conseguiu, através do reconhecimento do território como Ponto de Cultura, ajuda para manter uma estrutura para ensino do idioma entre os membros da tribo, publicação de livros em yawalapíti, além do registro de músicas, modo de vida e artesanato; ou então a ida de Célio à Casa de Cultura Tainã, em Campinas, interior de São Paulo, que nasceu de modo independente após uma série de iniciativas tímidas na cidade, e que mantinha uma programação que ia da biblioteca até orquestra de tambores em metal.
Os depoimentos do autor citam também as escolas públicas, que sofrem com a política educacional deficiente. Nelas os Pontos de Cultura já dão frutos: existe mais de 100 escolas contempladas com o programa, que possibilitam atividades como o funcionamento de rádios – à exemplo da Escola Estadual Clóvis Borges Miguel, em Serra, Espírito Santo, e sua Rádio Instrumental Educativa; e no Colégio Estadual Vicente Januzzi, na periferia carioca, que tem aulas de filosofia com MPB.
Conforme o sociólogo Emir Sader escreve no prefácio, a década de 90 teve, nas políticas culturais, um reflexo do que ocorria em uma série de áreas: o quase desaparecimento do poder público, ante uma classe empresarial que ganhou o direito de veto às culturas tradicionais do povo brasileiro, em benefício ao que lhe fosse mais conveniente, isso tudo com a subserviência estatal e sua deficiente Lei Rouanet.
O livro é lançado pela editora Anita Garibaldi, que em outubro de 2009 completou 30 anos dedicados à publicação de conteúdo progressista, tarefa heróica na época de sua fundação, em 1979, pois o Brasil ainda vivia numa Ditadura Militar.
Conheça o autor:
Célio Turino é natural de Indaiatuba e criado em Campinas, cidade onde se formou em História, pela Universidade de Campinas, Unicamp e lá também obteve o título de mestre.
Quando esteve à frente da Secretaria Municipal de Cultura de Campinas, entre 1990 e 1992, iniciou o Programa Casas de Cultura (muito semelhante ao que é hoje o Programa “Cultura Viva: Pontos de Cultura”).
Ainda em Campinas, criou o Programa Recreio nas Férias, que rapidamente virou ação pública nacional no Ministério dos Esportes. Na gestão de Marta Suplicy em São Paulo (a primeira experiência do PT à frente desse governo municipal), Célio dirigiu o Departamento de Programas de Lazer na Secretaria de Esportes, e criou também o programa “Viva São Paulo”, que visava a utilização de espaços públicos da capital paulista para o lazer.
A seguir, foi convidado para integrar a Secretaria de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura, na gestão de Gilberto Gil. Se a implantação do Cultura Viva: Pontos de Cultura ainda é um processo em crescimento, seu nascimento foi muito simples: bastaram duas noites em claro, em que Célio se debruçou sobre seu laptop, para que fosse criado o projeto, que atualmente é estudado em outros pontos da América Latina.
Além de Pontos de Cultura – O Brasil de Baixo Para Cima, lançado pela editora Anita Garibaldi, Célio é autor de livros como Na Trilha de Macunaíma – Ócio e Trabalho na Cidade.
Por Lucas Krempel
Jornalista - MTb - 50.240
Sobre o livro Pontos de Cultura – O Brasil de Baixo para Cima:
Pontos de Cultura – O Brasil de Baixo Para Cima é escrito por Célio Turino, graduado em história pela Universidade de Campinas, e que, a convite do então ministro da Cultura Gilberto Gil, começou a desenvolver, cinco anos atrás, um programa que visava democratizar a cultura a toda a população brasileira, ao contrário do que ocorrera antes, quando as iniciativas culturais passaram para as mãos da iniciativa privada.
Iniciados com Gilberto Gil e mantidos na gestão de Juca Ferreira à frente do MinC, os Pontos de Cultura agregam todas as formas de expressão - música, poesia, literatura, artes plásticas, dança -, e estão espalhados por todos os pontos do país.
Pontos de Cultura – O Brasil de Baixo Para Cima, foge do clichê, e não é um livro institucional, e sim, uma reunião de relatos pessoais das experiências vividas pelo autor, bem como o reflexo desse contato próximo dentro da sua trajetória como homem social e político.
O leitor poderá acompanhar a visita à tribo Yawalapíti, que vive no Parque Nacional do Xingu com mais 13 etnias, e que, em meio a dificuldades para manter os costumes culturais (como o idioma), conseguiu, através do reconhecimento do território como Ponto de Cultura, ajuda para manter uma estrutura para ensino do idioma entre os membros da tribo, publicação de livros em yawalapíti, além do registro de músicas, modo de vida e artesanato; ou então a ida de Célio à Casa de Cultura Tainã, em Campinas, interior de São Paulo, que nasceu de modo independente após uma série de iniciativas tímidas na cidade, e que mantinha uma programação que ia da biblioteca até orquestra de tambores em metal.
Os depoimentos do autor citam também as escolas públicas, que sofrem com a política educacional deficiente. Nelas os Pontos de Cultura já dão frutos: existe mais de 100 escolas contempladas com o programa, que possibilitam atividades como o funcionamento de rádios – à exemplo da Escola Estadual Clóvis Borges Miguel, em Serra, Espírito Santo, e sua Rádio Instrumental Educativa; e no Colégio Estadual Vicente Januzzi, na periferia carioca, que tem aulas de filosofia com MPB.
Conforme o sociólogo Emir Sader escreve no prefácio, a década de 90 teve, nas políticas culturais, um reflexo do que ocorria em uma série de áreas: o quase desaparecimento do poder público, ante uma classe empresarial que ganhou o direito de veto às culturas tradicionais do povo brasileiro, em benefício ao que lhe fosse mais conveniente, isso tudo com a subserviência estatal e sua deficiente Lei Rouanet.
O livro é lançado pela editora Anita Garibaldi, que em outubro de 2009 completou 30 anos dedicados à publicação de conteúdo progressista, tarefa heróica na época de sua fundação, em 1979, pois o Brasil ainda vivia numa Ditadura Militar.
Conheça o autor:
Célio Turino é natural de Indaiatuba e criado em Campinas, cidade onde se formou em História, pela Universidade de Campinas, Unicamp e lá também obteve o título de mestre.
Quando esteve à frente da Secretaria Municipal de Cultura de Campinas, entre 1990 e 1992, iniciou o Programa Casas de Cultura (muito semelhante ao que é hoje o Programa “Cultura Viva: Pontos de Cultura”).
Ainda em Campinas, criou o Programa Recreio nas Férias, que rapidamente virou ação pública nacional no Ministério dos Esportes. Na gestão de Marta Suplicy em São Paulo (a primeira experiência do PT à frente desse governo municipal), Célio dirigiu o Departamento de Programas de Lazer na Secretaria de Esportes, e criou também o programa “Viva São Paulo”, que visava a utilização de espaços públicos da capital paulista para o lazer.
A seguir, foi convidado para integrar a Secretaria de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura, na gestão de Gilberto Gil. Se a implantação do Cultura Viva: Pontos de Cultura ainda é um processo em crescimento, seu nascimento foi muito simples: bastaram duas noites em claro, em que Célio se debruçou sobre seu laptop, para que fosse criado o projeto, que atualmente é estudado em outros pontos da América Latina.
Além de Pontos de Cultura – O Brasil de Baixo Para Cima, lançado pela editora Anita Garibaldi, Célio é autor de livros como Na Trilha de Macunaíma – Ócio e Trabalho na Cidade.
Por Lucas Krempel
Jornalista - MTb - 50.240